quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Cartas Audiovisuais - Turma 2008



CÃOZINHO

O desenvolvimento desta carta “Cãozinho” teve sua fonte de inspiração no módulo desenvolvido durante o 1º semestre da disciplina, em que se objetivava apresentar aos alunos alguns movimentos de vanguarda. O grupo buscou conciliar um exercício proposto após o filme O Cão Andaluz de Buñel – um dos principais representantes do Surrealismo - com o exercício das cartas filmadas. O grupo, ao estudar o contexto histórico em que foram desenvolvidas as críticas dos surrealistas, buscaram trazê-la para a contemporaneidade, realizando em seu vídeo uma crítica a indústria da moda que institui padrões de beleza e cria estereótipos estéticos. 





EMO DAY

A carta “Emo Day”  buscou abordar o preconceito enfrentado por um “Emo”, retratando um dia de sua vida. Segundo o grupo, “o vídeo é uma carta para aqueles que tem preconceito com os Emos”. O personagem principal enfrenta o preconceito no seu ciclo social, sofrendo violência e encarnações. O grupo utilizou plongeée na tentativa de inferiorizar os emos, bem como os planos fixos estudados no “Minuto Lumière”. A estética do emo é uma característica importante, porque a partir dela que os demais personagens e o espectador conseguem perceber o estereótipo e lançar (ou não) seu olhar preconceituoso.






CONTRADIÇÃO

O grupo da carta “Contradições” lançou questões sobre o mundo através do uso de fotografia e uma narrativa escrita. A idéia central é intercalar imagens que aparentemente se contrastam no real, utilizando a trilha sonora de Beethoven como um marca-passo para o ritmo em que aparecem as imagens. O grupo relata que a carta deveria ser aberta, na medida em que o espectador através do seu olhar para o mundo pudesse desvelar e se questionar se aquelas imagens sobre o mundo chocam, ou seja, se elas são, de fato, uma contradição ou se elas já estão naturalizadas no cotidiano. 




MALABARES

A carta “Malabares” levanta o preconceito com os artistas de rua e questiona o que as pessoas veem desses artistas. Os alunos vão as ruas e filmam num sinal de trânsito, colhendo depoimentos de motoristas sobre o malares. O vídeo, uma espécie de documentário, constitui, em verdade, um questionamento sobre a arte de rua. Existe uma arte de rua? Se ela existe, como é vista pelas pessoas?







PERSEGUIÇÃO IMPLACÁVEL

O grupo Perseguição Implacável” retrata através de planos e enquadramentos subjetivos uma perseguição de um diretor de cinema a um aluno. O vídeo demonstra o cotidiano de um aluno em um ambiente escolar e por trás um profissional realizando filmagens deste aluno, deste cotidiano supostamente estressante do aluno. 







VOCÊ NÃO ME DÁ MAIS VALOR

O vídeo, “Você não me dá mais valor” mostra a escrita de uma carta, com uma narrativa oral. A sensação que o espectador tem é que a carta é feita para um namorado, no entanto, o final do filme vem revelar que se trata de uma carta para o mundo. O grupo cria um imaginário através de imagens que se trata mesmo de uma carta para um namorado, utilizando ambientes internos e imagens de uma mulher. A idéia, no entanto, é justamente explicitar, ao final, que a relação que se tem com o planeta é de interdependência e de reciprocidade, assim como uma relação amorosa.






22/09/2011
Festival de cinema exibe filme de alunos da EPSJV
Talita Rodrigues

O filme ‘Emo Day’, produzido por alunos da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV), foi convidado a participar do 3º Cineducando – Cinema, Educação e Bullying, que acontece de 20 de setembro a 2 de outubro, na Caixa Cultural RJ. A cada ano, o Cineducando aborda um tema relevante para a educação. Este ano, o evento propõe uma discussão sobre o bullying, fazendo uma reflexão sobre a violência no âmbito escolar e fora dele.

‘Emo Day’ participará das sessões chamadas Encontro de Estudantes, nos dias 28 e 29 de setembro, às 15 horas. A Caixa Cultural RJ fica na Av. Almirante Barroso, 25, no Centro (esquina com a Av. Rio Branco).

O filme, que aborda o preconceito contra os ‘emos’, foi produzido em 2009 para um trabalho da disciplina de produção audiovisual pelos alunos Juliana Pereira do Nascimento, Mayra Olivetti do Couto, Wallison Luís Lira Souza e Paulo Victor dos Santos Fiorim, que cursavam o segundo ano do curso técnico de Vigilância em Saúde integrado ao Ensino Médio na EPSJV.

No vídeo, Paulo vive o ‘emo’, que é alvo de brincadeiras e críticas dos colegas por seu jeito de viver. Além da agressão psicológica, o filme também mostra a violência física sofrida pelo personagem na escola. Os ‘emos’ são pessoas que costumam se vestir com roupas escuras ou listradas e usam cabelos coloridos com uma grande franja caindo sobre os olhos e o rosto. Eles gostam de músicas ‘emocore’, que misturam o punk rock com letras que falam de sentimentos e emoções.

Festival do Rio

Outra produção de alunos da EPSJV foi selecionada, pelo sexto ano consecutivo, para a Mostra Geração, do Festival do Rio, que acontece de 6 a 18 de outubro de 2011. Desta vez, o filme selecionado foi ‘Insegurança’. O vídeo será exibido no dia 11 de outubro, às 8 horas, no Espaço Cinema (Sala 2), na Rua Voluntários da Pátria, 35, em Botafogo, no Rio de Janeiro.

Fonte 




23/09/2009
Filme de alunos da EPSJV será exibido no Festival do Rio 2009
Talita Rodrigues

Pelo quarto ano consecutivo, um filme produzido por alunos da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV) será exibido no Festival do Rio. Este ano, a produção selecionada é ‘Emo Day’, documentário que aborda o preconceito contra os ‘emos’. O vídeo foi produzido para um trabalho da disciplina Produção Audiovisual pelos alunos Juliana Pereira do Nascimento, Mayra Olivetti do Couto, Wallison Luís Lira Souza e Paulo Victor dos Santos Fiorim, todos do segundo ano do curso técnico de Vigilância em Saúde integrado ao Ensino Médio.

Para participar da mostra, ‘Emo Day’ foi selecionado entre mais de cem produções. No total, 52 filmes brasileiros e estrangeiros participam do Vídeo Fórum, que reúne curtas-metragens produzidos por jovens de até 18 anos, a maioria abordando temas relacionados aos adolescentes. “Ficamos surpresos com a escolha. Foi bem além do que esperávamos, fizemos para ser apenas um trabalho da escola”, diz Juliana. Durante todas as etapas da produção do filme (roteiro, filmagem e edição), os alunos foram supervisionados pelos professores da disciplina Produção Audiovisual – Gregório Galvão, Zeca Buarque e Roberta Lobo.

Há quatro anos, a EPSJV envia as produções dos seus estudantes para a Mostra Geração. A primeira vez que um vídeo de alunos foi selecionado foi em 2006, com ‘Vídeo é Corpo’. Em 2007, foi a vez de ‘Baía de Guanabara’ e, no ano passado, ‘Impacto’. “A seleção dos filmes para a mostra traz um estímulo para os alunos e também mostra que as produções deles têm qualidade”, diz Gregório.

“Emo Day’ será exibido no Vídeo Fórum da Mostra Geração. A apresentação do filme será no dia 1º de outubro, às 8h, no Espaço de Cinema 2 (Rua Voluntários da Pátria, 35 - Botafogo). Após a exibição do documentário, os alunos terão a oportunidade de falar sobre como fizeram o trabalho e de participar de um debate com o público, formado principalmente por estudantes de outras escolas que também tiveram produções selecionadas para a mostra. “Esperamos que todos gostem, que as pessoas recebam a mensagem e se conscientizem de que ninguém é igual”, diz Wallison.

Os estudantes contam que escolheram o tema para levantar a discussão sobre o preconceito contra os ‘emos’. “É um tema atual, que foi abordado de maneira educativa e crítica”, explica Mayra. No filme, Paulo vive o ‘emo’, que é alvo de brincadeiras e críticas dos colegas por seu jeito de viver. Além da agressão psicológica, o filme também mostra a violência física sofrida pelo personagem na escola. Os ‘emos’ são pessoas que costumam se vestir com roupas escuras ou listradas e usam cabelos coloridos com uma grande franja caindo sobre os olhos e o rosto. Eles gostam de músicas ‘emocore’, que misturam o punk rock com letras que falam de sentimentos e emoções.

O Festival do Rio acontece de 24 de setembro a 8 de outubro. Em 2009, serão exibidas mais de 300 produções, incluindo longas e curtas-metragens, de 60 países. A Mostra Geração vai de 28 de setembro a 2 de outubro.



Jornal o Globo
RIO - Foram centenas de filmes exibidos para milhares de espectadores, mas a principal contribuição da Mostra Geração ao cinema brasileiro é o fator humano. São várias as histórias de pessoas que dão seus primeiros passos no segmento infanto-juvenil do Festival do Rio e, depois, tornam-se realidade no mercado audiovisual. Em um ano de festa, com filmes nacionais abocanhando bilheterias recordes, a mostra comemora dez anos junto com o festival - que começa semana que vem - e, mais uma vez, vai aproximar crianças e jovens da sétima arte.
- É sensacional ver alguém que participou da mostra com 15 anos se transformar num diretor ou num ator profissional. O intuito sempre foi aproximar o jovem do cinema - orgulha-se Felicia Krumholz, curadora da mostra, dividida entre um cardápio de longa-metragens infanto-juvenis e o programa Video Forum, que exibe curtas de jovens de até 18 anos.
As histórias se acumulam com os anos. Ainda adolescente, Felipe Bragança trabalhou como voluntário da mostra e teve um filme exibido no programa Vídeo Forum. Hoje aos 29 anos, ele está rodando seu segundo longa-metragem (o primeiro foi o premiado "A fuga da mulher gorila"). Já o ator Bernardo Marinho foi voluntário em 1999, quando a mostra ainda se chamava Janela Mágica. Ele participou outras duas vezes, apresentando filmes e mediando debates.
- Eu trabalhava de manhã na Mostra Geração e ficava de tarde e até altas horas da noite vendo os filmes do festival. Tinha até que maneirar para não pirar com o excesso de informação - conta o ator de 21 anos, protagonista do longa "O passageiro", ex-VJ da MTV e uma das estrelas da minissérie "Aline", que estreia em outubro, na Rede Globo.
Cineasta do grupo Nós do Morro, Gustavo Melo viu seu primeiro curta, "Jeito Brasileiro de ser português", exibido no Vídeo Forum, em 2000. Depois disso, tornou-se um curta-metragista premiado e dirigiu o clipe da música "Monstro Invisível", d'O Rappa. O estudante de cinema Gabriel Bortolini, 21 anos, também considera o trabalho como voluntário da Mostra Geração o ponto de partida de sua carreira.
Os dez anos da mostra coincidiram com uma verdadeira revolução digital no universo audiovisual. No começo, os filmes do Vídeo Forum eram quase todos feitos por ONGs que tinha algum tipo de suporte financeiro para obter o equipamento necessário. Mas as mídias se democratizaram e, hoje, alunos de qualquer escola podem produzir filmes super-interessantes.
Este ano, são 52 filmes de colégios brasileiros e estrangeiros, quase todos discutindo temas pertinentes para essa faixa etária. Wallison Luis e Souza, da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, na Fiocruz, dirigiu "Emoday", documentário que investiga o preconceito contra a tribo dos emos. E um grupo de alunos do Colégio Pedro II de Realengo assina "Juventude e participação", que compara a geração de 2008 com a de 1968.